Derramamento de óleo no Nordeste já é quatro vezes maior do que o da Baía de Guanabara

Derramamento de óleo no Nordeste já é quatro vezes maior do que o da Baía de Guanabara

27 de novembro de 2019 0 Por redacao

O último grande vazamento no Brasil aconteceu em 18 janeiro de 2000, afetou manguezais e matou animais

O derramamento de óleo no Nordeste é quatro vezes maior do que o último grande vazamento no Brasil, registrado na Baía de Guanabara , em 18 janeiro de 2000. Na ocasião foi liberada cerca de 1,1 mil tonelada de óleo combustível na região. O desastre prejudicou manguezais e matou diversos animais. À época, a origem, um duto de óleo combustível da Petrobras ligado à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), foi rapidamente determinada.

Para o professor Paulo Cesar Rosman, do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a tragédia do Nordeste é a maior do país em extensão e, possivelmente, do mundo.

A LUTA DE VOLUNTÁRIOS CONTRA O DERRAMAMENTO DE ÓLEO NO LITORAL NORDESTINO

Um evento realizado na praia de Maracaípe, em Ipojuca, Pernambuco, para agradecer voluntários que vêm lutando para limpar as praias afetadas pelo derramamento de óleo no Nordeste

No episódio do Rio, no entanto, os estragos ambientais foram muito mais graves: o óleo derramado de um navio tinha muito mais componentes tóxicos do que o petróleo que atingiu o litoral brasileiro neste ano, cujos elementos voláteis, como o benzeno, evaporaram e se degradaram ao longo de semanas em alto-mar.

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— O volume todo se concentrou no Norte da Baía de Guanabara. Em termos de impacto local, é incomparavelmente mais danoso do que qualquer coisa que apareceu no Nordeste. Lá, você tem desde pequenas manchas, do tamanho de uma uva, até placas do tamanho de um tapete. Mas é um óleo extraordinariamente fragmentado e degradado. Já teria evaporado toda a parte volátil do óleo, que normalmente é a mais tóxica. O que sobrou é aquela massa grossa, parecendo piche — afirma o professor da UFRJ.

O professor de engenharia e petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Ricardo Cabral de Azevedo, pondera, por outro lado, que o trabalho de contenção foi muito mais facilitado no episódio fluminense:

— Foi bem mais fácil de conter, pois se conhecia a fonte, e ele foi detectado e comunicado rapidamente. E era um óleo menos denso, que, portanto, flutuava, ficando bem visível.

Se considerado o volume derramado, há outros casos mais dramáticos do que o brasileiro, destaca o professor da USP. Na explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em 2010, 795 mil toneladas de petróleo foram derramadas na região. Em 1978, o naufrágio de um superpetroleiro no mar da França vazou 230 mil toneladas de óleo. Onze anos depois, a colisão do petroleiro Exxon Valdez em um bloco de gelo no Alaska espalhou 36 mil toneladas de petróleo por 1.800 quilômetros de uma área extremamente sensível ao meio-ambiente.

— As condições ambientais de cada lugar influenciam muito na gravidade do vazamento, além da quantidade em si que tenha vazado — explica Azevedo.

Fonte: O Globo