Após vitória de Fernández, BC da Argentina reduz limite de compra de dólares

Após vitória de Fernández, BC da Argentina reduz limite de compra de dólares

28 de outubro de 2019 0 Por redacao

Medida foi anunciada horas depois da derrota de Macri. Limite foi reduzido de US$ 10 mil por mês para US$ 200 por mês através de contas bancárias.

O banco central da Argentina afirmou na madrugada desta segunda-feira (28) que determinou um limite de compra de US$ 200 por mês através de contas bancárias e de US$ 100 por mês para a aquisição em dinheiro, em uma tentativa de evitar que suas reservas internacionais continuem caindo.

Após a derrota sofrida no domingo pelo presidente Mauricio Macri nas eleições em que buscava a reeleição, o banco central ajustou de forma dramática os controles cambiais, até dezembro, ante o limite anterior de US$ 10 mil por mês que vigorava até então para lidar com a crise financeira.

Ao assumir, em dezembro de 2015, Macri eliminou o controle de câmbio decidido por sua antecessora, Cristina Kirchner

“Diante do grau de incerteza atual, a diretoria do banco central decidiu tomar neste domingo uma série de medidas que buscam preservar as reservas do banco central”, disse a autoridade monetária em comunicado.

A medida foi apresentada horas depois de divulgado o triunfo do peronista Alberto Fernández, da oposição, nas eleições presidenciais de domingo.

O presidente do Banco Central, Guido Sandleris, afirmou que as medidas “se concentram exclusivamente na compra de dólares e especulação financeira e não afetam o acesso ao mercado de câmbio para comércio exterior ou o pagamento de dívidas”, informa a agência France Presse.

“Sei que essa medida, embora transitória, é rígida e afeta muitas pessoas. Seu objetivo é preservar reservas durante esse período de transição até que o novo governo defina sua política econômica e a incerteza se dissipe”, acrescentou.

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Incertezas para a economia argentina

Os bônus argentinos em dólar recuavam nesta segunda-feira, à medida que os investidores se preocupavam com as consequências da vitória de Fernández na economia. O título internacional em dólar de referência, com prazo em 2028, caía até 1,3 centavo para 39,33 centavos de dólar, seu nível mais baixo desde o início do mês, segundo dados da Refinitiv citados pela Reuters.

“A Argentina está caminhando para um ‘default’ e agora haverá negociações complicadas com o FMI, que corre um risco enorme no jogo e está desesperado para proteger seus recursos, e com os detentores de títulos”, disse à Reuters Gabriel Sterne, chefe de macro-pesquisa global da Oxford Economics.

Fernández e Macri devem se reunir nesta segunda-feira para discutir a transição política, uma medida que pode ajudar a acalmar os mercados.

A incerteza política havia começado após as primárias de agosto, quando uma arrasadora vitória de Fernández gerou forte queda do peso, o que forçou o governo a limitar o acesso a dólares. Apesar dos controles, na última semana a autoridade monetária teve que liberar US$ 1,6 bilhão e suas reservas para conter a queda do peso.

O BC local já vendeu 21 bilhões de dólares de suas reservas desde as eleições primárias, em agosto, quando Macri foi atingido pelo peronista Alberto Fernandez. As reservas estavam em US$ 45,26 bilhões na sexta-feira.

O país tem um contrato de empréstimo de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que afirmou que irá avaliar o seu relacionamento com a Argentina assim que as políticas do próximo governo sejam anunciadas.

fonte: G1 Economia