Delúbio Soares é condenado a cinco anos de prisão na Lava Jato

Delúbio Soares é condenado a cinco anos de prisão na Lava Jato

2 de março de 2017 0 Por redacao

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado em ação penal da Lava Jato a cinco anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. O juiz federal Sérgio Moro também impôs, em decisão publicada nesta quinta-feira (2), a mesma pena de cinco anos de reclusão ao empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC . O juiz Sérgio Moro entendeu que os dois foram responsáveis por um esquema de lavagem de R$ 6 milhões em 2004. O valor representa metade dos R$ 12 milhões repassados pelo banco Schahin por meio de empréstimo fraudulento feito ao pecuarista José Carlos Bumlai. Os outros R$ 6 milhões motivaram outra ação penal na Lava Jato , que também tem Delúbio Soares como um dos réus.

Também foram condenados na mesma ação penal Enivaldo Quadrado (cinco anos de prisão) e Luiz Carlos Casante (quatro anos de prisão). Cabe recurso.

O publicitário Marcos Valério foi absolvido na mesma ação devido à “falta de prova suficiente para a condenação”. O mesmo ocorreu com Oswaldo Rodrigues Vieira Filho, Fernandes de Souza, Sandro Tordin e Breno Altman, que também eram réus na ação.

“Sofisticação”

A denúncia recebida pelo juiz Moro dá conta de que Ronan Maria Pinto teria recebido os R$ 6 milhões obtidos em nome do Partido dos Trabalhadores, por meio de José Carlos Bumlai. Uma das hipóteses – não confirmada – pelos investigadores é a de que o pagamento teria sido feito mediante extorsão. Foram levantadas suspeitas de que o empresário teria ameaçado denunciar o esquema de corrupção da prefeitura de Santo André (SP), então comandada por Celso Daniel (PT), assassinado em 2002.

Moro, no entanto, ressaltou que esse episódio não foi esclarecido.
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“Não foi até o momento esclarecida totalmente a causa desse repasse, alguns tendo declarado que seria extorsão”, ponderou o magistrado em sua decisão. “Qualquer que seja o motivo exato, é certo que não é ele lícito, pois do contrário ele já teria sido revelado, inclusive pelo próprio condenado. O fato do condenado ser o beneficiário final do crime e ainda por causa ilícita torna a sua responsabilidade mais elevada do que a dos demais”, escreveu.

Ao decidir sobre o envolvimento de Delúbio no caso, Moro ressaltou a “sofisticação” da estrutura de lavagem de dinheiro e destacou os “maus antecedentes” do ex-tesoureiro do PT, lembrando que o mesmo há havia sido condenado anteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

“Delúbio Soares de Castro tem maus antecedentes, tendo sido condenado criminalmente por corrupção ativa […] A lavagem, no presente caso, envolveu especial sofisticação com utilização de duas pessoas interpostas entre a fonte dos recursos e o seu destino final, além da simulação de dois contratos falsos de empréstimo”, apontou o juiz da Lava Jato.

O juiz Sérgio Moro fixou multa de R$ 61,8 milhões para a reparação de danos referentes ao empréstimo fraudulento. O valor deve ser corrigido monetariamente e acrescido de juros até o pagamento e ser revertido em favor da Petrobras.

Fonte: iG